BRASIL LIVRE DE AGROTÓXICOS
BRASIL LIVRE DE AGROTÓXICOS

 

O uso dos agrotóxicos em todo o mundo tem gerado inúmeros impactos negativos

tanto para o meio ambiente como para a saúde humana. As estimativas feitas pelas agências

internacionais de saúde são extremamente preocupantes, indicando não só problemas de intoxicações

agudas determinadas pelo contato direto com produtos altamente tóxicos e de conseqüências imediatas

podendo levar o indivíduo à morte, mas também e principalmente problemas crônicos determinados

pelo contato tanto direto como indireto a produtos muitas vezes de baixa toxicidade aguda e por tempo

prolongado.

Esta abordagem se apresenta mais adequada para o atual estágio de uso dos agrotóxicos, ou seja, ao

lado das intoxicações clássicas agudas, descritas nos compêndios médicos, visualizarmos os efeitos

adversos, ou as doenças relacionadas aos agrotóxicos, que podem ser originadas de uma intoxicação

aguda, ou ser resultante do contato e exposição de longo prazo aos vários produtos à disposição da

população, seja ela urbana ou rural.

O Brasil, por suas características de país com grande produção agrícola e com pequena estrutura social

para controle desta situação, tem apresentado dados de contaminação da população rural e urbana por

agrotóxicos que indicam uma alta gravidade da situação do ponto de vista da saúde pública.

Epidemiologia das Doenças Relacionadas aos Agrotóxicos:

O risco determinado pelos agrotóxicos ou a probabilidade de um indivíduo adoecer pela ação destes

produtos é dado pela exposição que a pessoa tem a eles e a toxicidade dos produtos. Assim se há uma

alta exposição, mesmo que o produto tenha baixa toxicidade, o risco é alto, como ao inverso com

baixa exposição e alta toxicidade, o risco se mantém alto.

A questão da toxicidade não se resume, infelizmente, a ser alta ou baixa, mas a problemas

toxicológicos que diversos agrotóxicos possuem, mesmo considerados de baixa toxicidade, pois esta

referencia é somente para problemas agudos, imediatos. Portanto, se há problemas ou de exposição ou

de toxicidade do veneno, a probabilidade de adoecer é grande.

Segundo as estatísticas oficiais do Ministério da Saúde pelo Sintox (Sistema Nacional de Informações

Tóxicofarmacológicas), para o ano de 1998, 5914 casos de intoxicação por agrotóxicos no país. Destes

casos notificados, que sabe-se haver um imenso sub-registro, metade deles ocorreram na zona urbana,

indicando que esta problemática não se atém ao setor agro-pecuário e tampouco ao trabalhador rural

isoladamente mas é sim uma questão de saúde pública.




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